O diretor adjunto do Conjunto Penal de Eunápolis, cidade no extremo sul da Bahia, que foi preso na terça-feira (24), é suspeito de liderar um esquema de facilitações de entrada de celulares e drogas na unidade prisional em troca de dinheiro, segundo informações do promotor do Ministério Público da Bahia (MP-BA), João Alves da Silva Neto, da Vara de Execuções Penais do município, que acompanha as investigações.
A assessoria da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) foi procurada pelo G1 por toda a manhã desta quarta-feira, mas nenhum representante foi encontrado para comentar a denúncia.
O diretor de segurança prisional da Seap, major Júlio Cesar dos Santos, informou que o diretor adjunto Jabes Santana e oito agentes penitenciários foram presos com base no artigo 317, que indica crime de corrupção passiva. Todos eles estão na delegacia de Eunápolis. O coordenador da 23ª Coodenadoria de Polícia do Interior (Coorpin) acompanha as investigações. Uma coletiva de imprensa estava marcada para a manhã desta quarta-feira, mas foi cancelada e deve ser marcada para o início da próxima semana.
“Tomamos conhecimento da prisão que foi feita pelo artigo 317, corrupção passiva. Essa é a acusação da prisão provisória de todos os servidores. Estamos acompanhando a situação. Embora a gente tenha uma relação boa com Eunápolis, só fomos comunicados da prisão agora. Com referência à situação das denúncias, tem muitas no sistema prisional e a gente acompanha. Recebemos, sim, denúncias relativas à Eunápolis, mas não tínhamos chegado a essa profundidade que a Polícia Civil chegou a ponto de decretar uma prisão provisória”, completa o major.