Policiais militares e a direção da Cadeia Pública Laudemir Neves, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, encontraram onze celulares e carregadores escondidos em algumas celas da unidade. Uma das revistas, na quinta-feira (20), foi feita um dia depois de a polícia receber uma denúncia, identificar e isolar o preso que improvisou uma piscina entre as camas da cela e publicou na internet as fotos se refrescando com outro detento. O mesmo preso também aparece em fotografias fumando na cela e com a mãe durante visita.A situação também foi verificada em uma vistoria de cerca de uma hora feita à tarde pela juíza da Vara de Execuções Penais (VEP), Juliana Zanin, e pelo promotor Tiago Lisboa Mendonça. “Esta não é uma realidade só de Foz do Iguaçu, mas do país inteiro. São diversos os fatores que influenciam para que celulares ingressem nos estabelecimentos penitenciários. E, essa é a nossa luta”, comentou o representante do Ministério Público (MP).
“Além de ser um crime [para quem fornece], é uma falta disciplinar [do preso], que incorre em uma série de sanções a benefícios como a progressão de regime, livramento condicional, direto a trabalho externo e a saídas temporárias”, reforçou a juíza. Como o preso é provisório e não tem direito a tais benefícios, a punição deve ser estendida à pena caso seja condenado pelo crime de tráfico de drogas do qual é suspeito. Um dos telefones apreendidos na vistoria de quinta-feira – além de maconha e cigarros - estava na cela do preso que aparece nas fotos postadas em uma das redes sociais. Segundo o diretor da unidade, Rubens Cabrera, ele permanecerá isolado por dez dias e responderá a um processo administrativo disciplinar. Uma investigação também deve apurar como teve acesso ao celular.(G1)