José Nilson dos
Santos Sena, de 18 anos, foi preso na noite de quarta-feira (12)
suspeito de abusar sexualmente do enteado de 1 ano e 2 meses. Ele alegou
estar "possuído pela bebida" na noite de sexta-feira (7) em uma casa
localizada no bairro Perpétuo Socorro, Zona Leste de Macapá, onde morava
com a mãe do menino, uma adolescente de 17 anos. "Eu fui possuído pela
bebida, não sei o que aconteceu", declarou. O laudo pericial foi pedido
pela Polícia Civil nesta quinta-feira (13).
Em depoimento, a
mãe conta que encontrou a criança chorando e com marcas de sangue nas
costas e na perna por volta de 21h de sexta-feira. Ela levou o filho
para o hospital no dia seguinte. Os médicos suspeitaram do estupro, a
alertaram, e ela garantiu que iria denunciar o companheiro. Contudo, a
denúncia só foi realizada cinco dias depois do episódio, quando a jovem
levou novamente o filho para receber atendimento médico, explicou a
delegada Elza Nogueira, que atendeu o caso.
José Nilson disse que estava sozinho na residência cuidando do enteado quando começou a ingerir bebida alcoólica.
Denúncia
“O menino
estava passando mal e os médicos viram que ele poderia ter sofrido o
abuso. A mãe foi avisada e disse que iria denunciar imediatamente.
Quando ela chegou na casa dela, viu que os moradores já sabiam da
situação e estavam tentando ‘linchar’ o homem [suspeito], foi aí que ela
ligou para a polícia”, informou a delegada. “Ela [mãe] deixou o garoto
sozinho com o agressor na residência. Depois que ele [suspeito] foi
preso, confessou logo em seguida”, relatou.
Indignação
A avó da
vítima, de 45 anos, contou ter saído às pressas do município de Itaubal,
a 246 quilômetros da capital para cuidar do neto. "Quando eu soube da
notícia me desesperei. Fui no hospital e procurei meu netinho em todos
os quartos, até encontrar. Agora, eu quero justiça e que ele [suspeito]
pague da pior forma possível pelo que fez", indignou-se.
A diretora do
Pronto Atendimento Infantil, Joelma Silva, informou que a criança “chora
muito, teve retenção de líquido e ainda poderá passar por cirurgia, se
assim decidir a equipe médica”. (G1)