11 de mar. de 2014

Polícia continua investigando chacina de mulheres

No dia da mulher, quatro jovens foram assassinadas em uma chacina no Morro do Mendanha, em Goiânia. O crime aconteceu na madrugada de sábado (8), mas os corpos só foram localizados pela manhã, após uma testemunha acionar a Polícia Militar. Segundo a Polícia Civil, as vítimas foram executadas juntas, uma ao lado da outra, cada uma com um tiro na cabeça. O crime continua sendo investigado pela polícia.
O delegado que investiga o caso, Murilo Polati, da DIH, diz que denúncias apontam que as garotas podem ter vínculos com tráfico de drogas ou com prostituição. Polati contou que as vítimas estavam vestidas e maquiadas, como se fossem a uma festa. Ainda não se sabe se elas foram ao local espontaneamente ou se foram obrigadas. No entanto, para o delegado, não há dúvidas de que se trata de uma execução.

“Os primeiros indícios apontam que elas foram levadas ao local para serem mortas, talvez ludibriadas. A suspeita é de que pelo menos quatro pessoas participaram do crime que, infelizmente, ocorreu no Dia Internacional da Mulher”, disse.

Os peritos criminais analisaram a cena do crime e encontraram dois projéteis e algumas garrafas de bebidas. “Ainda não sabemos se essas garrafas têm ligação com o crime. Sobre os projéteis, eles aparentam ser calibre 38, mas tudo ainda será periciado”, ressaltou o delegado.

Polati apura ainda o relato de testemunhas que disseram que as vítimas moravam juntas em uma casa no Bairro São Francisco. "Inicialmente foram testemunhas que nos passaram essas informações e agora os familiares que estiveram presentes na delegacia nos confirmaram que elas tinham residências fixas com os pais, mas acabavam que ficavam o dia inteiro fora de casa, provalvemente nessa casa no Bairro São Francisco", explica.

A mãe de um das vítimas disse que a filha sempre gostou de festas e era usuária de drogas."Que ela usou droga, usou muito tempo, isso aí é uma coisa que não nego para ninguém", afirma Cícera Martins, que nega ter ciência de um possível envolvimento da filha com prostituição.


Ainda em choque, a avó da mais nova relatou que a neta comentou que iria sair para lanchar com as amigas na noite de sexta-feira (7) e não a viu mais. "Chegou uma amiga dela lá e chamou ela. Essa morreu também", lamenta Iraci de Melo.
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