A variante do coronavírus de Manaus, no Amazonas, foi identificada na Bahia. Análises feitas pelo Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA) encontraram pelo menos 10 casos. A confirmação veio nesta sexta-feira (5) e indicam a circulação da mesma linhagem do estado do Norte que é considera mais infecciosa.
No total 32 amostras foram sequenciadas geneticamente, e 10 apresentaram a variante denominada P.1. Esses foram os primeiros registros oficiais de que a mutação teria chegado à Bahia.
O Lacen-BA explica que a P.1 é derivada de uma das variantes predominantes no país, a B.1.1.28. O potencial de transmissão dela é atribuída a mutação N501Y, presente nas variantes identificadas no Reino Unido e na África do Sul.
A faixa etária dos pacientes diagnosticados com a variante P.1 vai de 7 a 66 anos. São sete pessoas do sexo masculino e três feminino.
As amostras que testaram positivo para a variante de Manaus foram coletadas em sete unidade públicas e três privadas.
O Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA), que é a terceira maior unidade de vigilância laboratorial do país e classificado na categoria máxima de qualidade pelo Ministério da Saúde, concluiu o sequenciamento de 80 genomas do SARS-CoV-2 referentes aos últimos cinco meses e iniciará o sequenciamento de 300 novas amostras dos estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, Piauí, Pernambuco e Rio Grande do Norte.
De acordo com o secretário da Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, "as amostras foram coletadas nos últimos dias e a investigação preliminar da vigilância epidemiológica aponta a maioria dos pacientes estavam de férias e passaram pelos municípios de Salvador, Irecê e João Dourado, todos com residência na região amazônica".